25/02/2012
Quarteto Fantástico
“E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!” - Vinícius de Moraes.
São exatamente quinze para as sete da noite de um dia de sábado. Parece que vai chover, é o que vejo através da janela do quarto de Adriana Lucena. Enquanto Juliana Zampa pratica seus dotes de manicure fazendo o meu pé e eu escrevo este texto, Adriana e Michele Michelon estão deitadas, cada uma lendo um livro. Livro é uma coisa rara de se ver na mão da Michele, mas a convivência acaba influenciando.
De repente, Adriana para de ler, abaixa o livro e diz: “Estupefato! Esta é uma palavra boa.” Pronto, já temos mais uma palavra nova em nosso vocabulário, graças a nossa querida professora.
Ontem foi aniversário da Ju e óbvio que todas estavam juntas comemorando. Detalhe: a Ju comprou um bolo de limão só porque eu não como chocolate. E foi assim também no aniversário da Dri no começo do mês. O bolo era de chocolate, mas não faltou um pedaço de bolo de coco para que eu pudesse comer também. Já a Michele costuma nos brindar com suas mensagens super inteligentes e simpáticas. Fora os recadinhos no meio da noite que nos irritam, não pelo horário, mas pelo conteúdo.
E lá se vão mais de cinco anos de amizade, cheia de mistérios e surpresas sim, mas sempre colorida e feliz.
Parece até casamento. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. Lá estão as quatro, sempre unidas, sempre ajudando umas as outras.
São os amores que não deram certo, os problemas na família e no trabalho, os dias de tristeza. São as viagens nas férias e feriados, os barzinhos, o cinema, os almoços no Brunholi, o fazer nada na casa Dri. É o ir ou o fazer só por que é importante para a outra, o que acaba sendo engraçadíssimo.
É tanto carinho e ternura (e grosseria) engendrados nessa amizade que tem hora que me sinto envolta em lágrimas lembrando os momentos que vivemos juntas. Por isso, amigas, precisando puxem!
Obs: alguns trechos deste texto parecem estranhos, com palavras diferentes e frases sem sentido. Fiquem tranquilos, as personagens da história sabem do que estou falando.
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23/02/2012
Inexplicável
Existem coisas na vida da gente que não têm explicação. Aliás, se a gente parar para pensar, a nossa vida toda é inexplicável. Quando menos se espera as coisas acontecem, mudam de rumo, sacodem a gente. Uma ligação não esperada, um chamado no MSN, um e-mail que toca o coração... Um beijo que parecia inocente vira uma grande paixão. E um grande amor que parecia eterno vira um casinho qualquer do passado. Tudo inesperado, tudo inexplicável.
A incerteza do amanhã não é ruim. Afinal, toda vida previsível é tediosa. Viver novas experiências a cada dia é mais excitante e torna a vida mais atraente. Mas cansa, uma hora cansa. E quando essa hora chega o que a gente mais quer é uma certa rotina, um certo sossego. É ter um relacionamento estável, saber que alguém vai ligar todos os dias só para saber como você está. É ter alguém para lhe ouvir e lhe dar colo em dias extremos, lhe dar amor e carinho em dias de tristeza e horas de loucuras em dias de excitação.
Tudo o que se quer é ter uma casa pra chamar de sua e dormir no sofá; esquecer de tomar banho ou tomar três banhos no dia; não comer nada ou trocar o jantar por um balde de pipoca; assistir o que quiser na TV e ficar de pijama o dia todo.
E uma hora a gente percebe que está no caminho certo, que os dias de calmaria virão, que finalmente não vamos precisar sair à força só para não dizer que ficamos em casa no sábado à noite assistindo Zorra Total na TV. Então, percebemos que nossa vida está prestes a mudar de fase. E isso, não é regra, mas geralmente acontece perto dos 30 anos.
Mas aí vem um furacão e nos coloca em nosso devido lugar. A vida diz não pra gente. E um motivo banal ou não, mas inexplicável, faz com que voltemos à estaca zero. E caímos, mas somos obrigados a levantar rapidamente antes que venha outra avalanche e nos afunde de vez.
Não gosto do inexplicável, do inesperado, da surpresa. Prefiro a estabilidade e as conquistas que chegam naturalmente. Mas nem sempre elas chegam. Muitas acabam se perdendo pelo caminho ou terminam antes mesmo que possam começar. E essa é a parte que mais dói no inexplicável.
A incerteza do amanhã não é ruim. Afinal, toda vida previsível é tediosa. Viver novas experiências a cada dia é mais excitante e torna a vida mais atraente. Mas cansa, uma hora cansa. E quando essa hora chega o que a gente mais quer é uma certa rotina, um certo sossego. É ter um relacionamento estável, saber que alguém vai ligar todos os dias só para saber como você está. É ter alguém para lhe ouvir e lhe dar colo em dias extremos, lhe dar amor e carinho em dias de tristeza e horas de loucuras em dias de excitação.
Tudo o que se quer é ter uma casa pra chamar de sua e dormir no sofá; esquecer de tomar banho ou tomar três banhos no dia; não comer nada ou trocar o jantar por um balde de pipoca; assistir o que quiser na TV e ficar de pijama o dia todo.
E uma hora a gente percebe que está no caminho certo, que os dias de calmaria virão, que finalmente não vamos precisar sair à força só para não dizer que ficamos em casa no sábado à noite assistindo Zorra Total na TV. Então, percebemos que nossa vida está prestes a mudar de fase. E isso, não é regra, mas geralmente acontece perto dos 30 anos.
Mas aí vem um furacão e nos coloca em nosso devido lugar. A vida diz não pra gente. E um motivo banal ou não, mas inexplicável, faz com que voltemos à estaca zero. E caímos, mas somos obrigados a levantar rapidamente antes que venha outra avalanche e nos afunde de vez.
Não gosto do inexplicável, do inesperado, da surpresa. Prefiro a estabilidade e as conquistas que chegam naturalmente. Mas nem sempre elas chegam. Muitas acabam se perdendo pelo caminho ou terminam antes mesmo que possam começar. E essa é a parte que mais dói no inexplicável.
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11/02/2012
A vida da gente
É incrível como o mundo dá voltas e a vida da gente muda. Tão certo quanto dizer que todos nós vamos morrer um dia é afirmar que nada dura para sempre. Nem sofrimento, nem felicidade. Nem a dor, nem as gargalhadas. Por isso temos que estar preparados para os revezes da vida. Mas nunca estamos, do mesmo jeito que nunca estaremos prontos para encarar a morte.
Quando somos crianças tudo é fácil. Os problemas se resumem aos deveres da escola. Na adolescência, nos tornamos seres humanos problemáticos, com a chegada de responsabilidades maiores e do amor. Aí, de repente, somos jogados na vida adulta. E como torcemos para completar 18 anos e ser independentes! Mas não somos informados ou não entendemos direito que essa independência custa caro. Os problemas são maiores e mais complicados de se resolver, as dívidas aparecem, as necessidades também. O que antes vinha de mão beijada de nossos pais, agora temos que ralar para conseguir.
E nesta nova fase vence quem está mais preparado. E quem não está precisa se virar para conseguir sobreviver. E, assim como na infância e na adolescência, a fase adulta também é uma fase de mudanças. Porém, a partir de agora começa a se tornar cada vez mais difícil conseguir mudar. Já temos bagagem de vida e já aprendemos muitas lições. As que não aprendemos ainda, nem sempre estamos dispostos a aprender.
Se todo mundo aceitasse que nada dura para sempre, por isso tudo muda, seria mais fácil viver e conviver com as pessoas. Por que não mudar? Por que não fazer diferente? Esse negócio de que “eu sou assim e não mudo” não existe. O mundo muda, e as pessoas também mudam. Essa é a vida da gente.
Admitir erros, fazer diferente, mudar o jeito de pensar e de agir fazem o nosso mundinho fluir melhor. É muito chato viver sempre do mesmo jeito e atingir os mesmos resultados. Que tal fazer diferente? É claro que pode dar errado, mas você só saberá se fizer. Vai que dê certo. Sua vida com certeza valerá mais a pena de ser vivida.
Quando somos crianças tudo é fácil. Os problemas se resumem aos deveres da escola. Na adolescência, nos tornamos seres humanos problemáticos, com a chegada de responsabilidades maiores e do amor. Aí, de repente, somos jogados na vida adulta. E como torcemos para completar 18 anos e ser independentes! Mas não somos informados ou não entendemos direito que essa independência custa caro. Os problemas são maiores e mais complicados de se resolver, as dívidas aparecem, as necessidades também. O que antes vinha de mão beijada de nossos pais, agora temos que ralar para conseguir.
E nesta nova fase vence quem está mais preparado. E quem não está precisa se virar para conseguir sobreviver. E, assim como na infância e na adolescência, a fase adulta também é uma fase de mudanças. Porém, a partir de agora começa a se tornar cada vez mais difícil conseguir mudar. Já temos bagagem de vida e já aprendemos muitas lições. As que não aprendemos ainda, nem sempre estamos dispostos a aprender.
Se todo mundo aceitasse que nada dura para sempre, por isso tudo muda, seria mais fácil viver e conviver com as pessoas. Por que não mudar? Por que não fazer diferente? Esse negócio de que “eu sou assim e não mudo” não existe. O mundo muda, e as pessoas também mudam. Essa é a vida da gente.
Admitir erros, fazer diferente, mudar o jeito de pensar e de agir fazem o nosso mundinho fluir melhor. É muito chato viver sempre do mesmo jeito e atingir os mesmos resultados. Que tal fazer diferente? É claro que pode dar errado, mas você só saberá se fizer. Vai que dê certo. Sua vida com certeza valerá mais a pena de ser vivida.
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A vida da gente,
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Recomeço
Criei esse blog no ano passado por dois motivos: escrever sobre o que eu quisesse e extravasar alguns sentimentos e sensações. Durante um tempo, cheguei a escrever um texto por dia, e quando não postava, era cobrada por leitores assíduos.
Mas aos poucos minha vida foi tomando outros rumos e eu acabei deixando minha paixão de lado. Cheguei a retomar uma vez, mas larguei de novo. Meu último post foi em novembro de 2011.
Hoje, resolvi retomar mais uma vez. Não sei quanto tempo vai durar. Pode ser que eu pare de novo em breve. Prometo fazer durar enquanto eu tiver inspiração. E a minha vontade é não perder a inspiração. Aliás, nunca deveríamos perder a inspiração em nossas vidas, pois ela é o motor que nos faz seguir em frente. É a inspiração que nos permite ousar, arriscar e nos meter em aventuras.
Então, não vou prometer que vou escrever sempre. Prefiro prometer não deixar a inspiração acabar.
Bem-vindos novamente ao meu blog, queridos amigos leitores.
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