E aí que você vai percebendo que a idade vai chegando, ou melhor, que as fases vão passando. Perto dos 30 eu já não me preocupo mais se não terei nada o que fazer num sábado à noite. Aprendi a ficar em casa, de boa, lendo um bom livro, assistindo filme, ouvindo música, fuçando na internet, escrevendo para o meu blog – como agora - ou mesmo indo dormir mais cedo.
Balada é uma palavra que parece já não existir no meu dicionário. E quando, com muito custo, sou convencida a encarar uma noite em claro, me sinto deslocada e logo tenho vontade de ir embora. A fase da pilha carregada e necessidade de aproveitar até o último segundo já passou. Hoje, prefiro ter uma boa noite de sono e aproveitar o dia, com passeios bem mais light. E a família agradece, já que sempre incluo pai, mãe, tia, primos nessas “aventuras”.
Nesta fase, percebo também que quero mais sossego. Dou mais valor a coisas simples e procuro não me estressar com o que não vale a pena. O bom de já ter vivido quase três décadas, é que fui adquirindo experiência e jogo de cintura para lidar com certas coisas. E isso é resultado dos vários tombos que já levei na vida. Se bem que ainda preciso aprender a não me irritar com gente incompetente, mesquinha e ignorante. Essas me tiram do sério. Quem sabe quando estiver perto dos 40 já tenha superado essa intolerância, que beira à alergia.
Outra característica dessa fase, pelo menos no meu caso, é querer formar uma família igual de comercial de margarina. Todos felizes, sentados à mesa tomando um belo café da manhã e tagarelando tudo e mais um pouco. Bem, mas esta parte ainda precisa ser melhor desenvolvida e não depende só de mim. Enquanto isso, vou me afirmando profissionalmente, e aquilo que era meta na época do Ensino Médio ou início da faculdade, perto dos 30, já posso dizer que virou realidade.
Perto dos 30 cresce a preocupação com a saúde – os níveis de triglicérides, colesterol, glicemia, ácido úrico etc começam a oscilar – e com a pele. Quando viajo ou durmo fora a mala vai mais cheia de produtos para o rosto do que de roupa. E dá-lhe creme antiidade e rugas. E se tem uma coisa que me traz felicidade plena é que nenhum cabelo branco deu sinal de vida ainda. Entro em pânico só de pensar no belo dia em que avistarei os fiozinhos brancos surgindo na cabeleira preta e natural, menos as pontas, confesso.
Mas o mais importante de tudo na minha fase perto dos 30 é que estou aprendendo a ignorar a opinião inoportuna das pessoas, principalmente daquelas que não fazem diferença na minha vida. Estou vivendo a la Jair Rodrigues: “deixa que digam, que pensem, que falem”. Aprendi que não sou e nem sou obrigada a ser modelo de nada. Ufa, que peso que a gente tira das costas nesta fase.
E é bom tirar peso das costas mesmo, porque nesta etapa da vida têm outras coisas que começam a pesar. Já não tenho mais pique, nem condições físicas para aguentar certas maratonas, como um passeio na 25 de março nas vésperas do Natal ou quatro dias em um acampamento na praia.
E viva a independência financeira, sentimental, pessoal e social da mulher perto dos 30 anos. Essa é, sem dúvida, a melhor parte do jogo.
2 comentários:
Oi, Fabi! Me identifiquei totalmente, talvez também por ser Fabi... rsss... e por ter passado por esta fase de estar perto dos 30, agora já estou perto dos 32! E o bom é que essa fase vai se aperfeiçoando. Veja, estou eu aqui também em casa, num sábado à noite, ressuscitando uns CDs antigos da Madonna... e me sinto bem! Que bom saber que essa fase da vida, em que a gente não tem mais que estar ligado na tomada e não se importa tanto com o que os outros vão pensar da gente, chega! Beijão pra vc!
Oi Fabi, saudades de você. Com certeza, que bom que esta fase chega. Toda fase tem seu encanto né!! E realmente por sermos Fabis, acho que passamos pelas mesmas coisas rsrs.
Bjão.
Postar um comentário