31/03/2012

Perto dos 30

E aí que você vai percebendo que a idade vai chegando, ou melhor, que as fases vão passando. Perto dos 30 eu já não me preocupo mais se não terei nada o que fazer num sábado à noite. Aprendi a ficar em casa, de boa, lendo um bom livro, assistindo filme, ouvindo música, fuçando na internet, escrevendo para o meu blog – como agora - ou mesmo indo dormir mais cedo.

Balada é uma palavra que parece já não existir no meu dicionário. E quando, com muito custo, sou convencida a encarar uma noite em claro, me sinto deslocada e logo tenho vontade de ir embora. A fase da pilha carregada e necessidade de aproveitar até o último segundo já passou. Hoje, prefiro ter uma boa noite de sono e aproveitar o dia, com passeios bem mais light. E a família agradece, já que sempre incluo pai, mãe, tia, primos nessas “aventuras”.

Nesta fase, percebo também que quero mais sossego. Dou mais valor a coisas simples e procuro não me estressar com o que não vale a pena. O bom de já ter vivido quase três décadas, é que fui adquirindo experiência e jogo de cintura para lidar com certas coisas. E isso é resultado dos vários tombos que já levei na vida. Se bem que ainda preciso aprender a não me irritar com gente incompetente, mesquinha e ignorante. Essas me tiram do sério. Quem sabe quando estiver perto dos 40 já tenha superado essa intolerância, que beira à alergia.

Outra característica dessa fase, pelo menos no meu caso, é querer formar uma família igual de comercial de margarina. Todos felizes, sentados à mesa tomando um belo café da manhã e tagarelando tudo e mais um pouco. Bem, mas esta parte ainda precisa ser melhor desenvolvida e não depende só de mim. Enquanto isso, vou me afirmando profissionalmente, e aquilo que era meta na época do Ensino Médio ou início da faculdade, perto dos 30, já posso dizer que virou realidade.

Perto dos 30 cresce a preocupação com a saúde – os níveis de triglicérides, colesterol, glicemia, ácido úrico etc começam a oscilar – e com a pele. Quando viajo ou durmo fora a mala vai mais cheia de produtos para o rosto do que de roupa. E dá-lhe creme antiidade e rugas. E se tem uma coisa que me traz felicidade plena é que nenhum cabelo branco deu sinal de vida ainda. Entro em pânico só de pensar no belo dia em que avistarei os fiozinhos brancos surgindo na cabeleira preta e natural, menos as pontas, confesso.

Mas o mais importante de tudo na minha fase perto dos 30 é que estou aprendendo a ignorar a opinião inoportuna das pessoas, principalmente daquelas que não fazem diferença na minha vida. Estou vivendo a la Jair Rodrigues: “deixa que digam, que pensem, que falem”. Aprendi que não sou e nem sou obrigada a ser modelo de nada. Ufa, que peso que a gente tira das costas nesta fase.

E é bom tirar peso das costas mesmo, porque nesta etapa da vida têm outras coisas que começam a pesar. Já não tenho mais pique, nem condições físicas para aguentar certas maratonas, como um passeio na 25 de março nas vésperas do Natal ou quatro dias em um acampamento na praia.

E viva a independência financeira, sentimental, pessoal e social da mulher perto dos 30 anos. Essa é, sem dúvida, a melhor parte do jogo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Fabi! Me identifiquei totalmente, talvez também por ser Fabi... rsss... e por ter passado por esta fase de estar perto dos 30, agora já estou perto dos 32! E o bom é que essa fase vai se aperfeiçoando. Veja, estou eu aqui também em casa, num sábado à noite, ressuscitando uns CDs antigos da Madonna... e me sinto bem! Que bom saber que essa fase da vida, em que a gente não tem mais que estar ligado na tomada e não se importa tanto com o que os outros vão pensar da gente, chega! Beijão pra vc!

Fabi G. disse...

Oi Fabi, saudades de você. Com certeza, que bom que esta fase chega. Toda fase tem seu encanto né!! E realmente por sermos Fabis, acho que passamos pelas mesmas coisas rsrs.
Bjão.