04/04/2012

A força do destino

Acabo de ler o livro “Um homem de sorte”, um dos mais recentes títulos do escritor americano Nicholas Sparks, que consegue a façanha de lançar um best-seller atrás do outro. O romance fala da força do destino. Um fuzileiro encontra uma foto de uma moça enquanto lutava no Iraque e, depois de uma tentativa frustrada de encontrar o dono, acaba ficando com a fotografia, que acabou se transformando em um verdadeiro amuleto da sorte para ele. Ao voltar para casa, nos Estados Unidos, por insistência de um amigo, acaba atravessando o país a pé para encontrar a moça da foto. A história toda gira em torno de Logan Thibault, o fuzileiro, e seu cachorro Zeus, Beth, a moça da foto, Clayton, o ex-marido da moça, e Ben, o filho deles.

Além da forma maravilhosa como Nicholas conta toda a história, sendo cada capítulo narrado na visão de um dos três personagens principais, com as peculiaridades de cada um, como jeito de agir, pensar e falar, o que mais chama a atenção nesse enredo é o tema: destino.

Será mesmo que esse negócio de destino existe? Tudo está realmente escrito? Eu sempre ouço e digo que o que tiver que ser será. E, assim, a gente acha que consegue se desprender do assunto e deixar que o tempo, a vida, Deus ou o destino se encarreguem de colocar as coisas nos eixos. Em certos momentos é difícil acreditar que isso possa acontecer, mas se pararmos para pensar, quantas situações em nossas vidas aconteceram porque tinham que acontecer? Se analisarmos o desenrolar de cada caso, quantas vezes chegamos à conclusão de que se isso ou aquilo tivesse acontecido, ou se tivéssemos agido assim, ou chegado mais cedo, ou então não comparecido, poderia ter sido tudo diferente? E o que fez com que tudo fosse da forma que foi?

Cada um tem o direito de acreditar no que quiser. Se foi Deus, o destino, a sorte, uma simples coincidência ou uma escolha, não interessa. O que realmente importa é que temos que acreditar em algo e que temos que perseguir nossos sonhos e ouvir nosso coração e a nossa intuição. Para quem sabe o que busca não há pedra no caminho que o impeça de seguir em frente. E para quem não sabe exatamente o que quer ou procura, mas sente que tem que continuar, como é o caso de Thibault, então o faça. Lutar não significa vencer. Lutar significa que você está vivo e que está em busca de algo melhor. Pode até perder, mas não desiste. Thibault encontrou a moça da foto que guardara por cinco anos. Mas e agora?

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