Cheguei no trabalho hoje e recebi a notícia do terremoto e do tsunami no Japão. Meu Deus, o que está acontecendo com o mundo?
Meu último post falou da cidade de São Luiz do Paraitinga que tenta se reconstruir depois da enchente que destruiu parcialmente a cidade em 2010. Felizmente ninguém morreu. Porém, a realidade no mundo é outra.
Em janeiro deste ano, cerca de 900 pessoas perderam suas vidas nas enchentes na região serrana do Rio de Janeiro.
Em 2010, terremotos atingiram o Haiti e o Chile. Foram 230 mil mortos no Haiti e 404 no Chile. Em 2009, foi a Indonésia que sofreu com tremores de terra que provocaram 4 mil mortes. Em 2008, houve 87 mil óbitos na China por causa de um terremoto.
Também em 2008, a Ásia foi atingida por um ciclone, que afetou principalmente o Paquistão e a Índia, deixando 80 mil mortos. Em 2005, o furacão Katrina matou mais de mil pessoas nos Estados Unidos.
Minha memória passou a gravar o trauma de tragédias naturais a partir de 2004, com o tsunami na Ásia que matou cerca de 280 mil pessoas. Era 26 de dezembro e eu e minha família curtíamos o pós-Natal na casa dos meus avós quando vimos as imagens na TV. Até então, eu nunca tinha ouvido a palavra tsunami na minha vida. Hoje, ela já faz parte do meu vocabulário de coisas impressionantes e catastróficas.
As tragédias naturais no Brasil também não me pareciam comuns até pouco tempo. Quando via notícias de tsunamis, terremotos, furacões, ciclones, erupções vulcânicas, sentia-me feliz por morar em um país que estava livre disso. Hoje, podemos até estar menos suscetíveis a isso, porém não nos livramos das catástrofes naturais. As enchentes e os desmoronamentos anuais não nos deixam esquecer.
Os maias disseram que o mundo vai acabar em 2012. Assim como outras profecias garantiam que acabaria no ano 2000 ou na virada do milênio. Quem não se lembra de Nostradamus?
Sempre houve quem acreditasse e quem duvidasse desses prazos de validade do planeta Terra. Sempre houve quem se promovesse e ganhasse dinheiro em cima dessas previsões. Do mesmo jeito que sempre houve aqueles que acham que podem vencer a força da natureza.
Para quem perdeu a vida nessas catástrofes naturais o mundo acabou de repente, sem que eles pudessem entender o que estava acontecendo. Enquanto isso, nós, que ainda temos o privilégio de estarmos vivos, aguardamos o dia 21 de dezembro de 2012 para sabermos se Deus ainda nos dará oportunidades de continuarmos destruindo a Terra. Enquanto esperamos, acabamos com o planeta por um lado e geramos cada vez mais tecnologia por outro.
O ser humano é capaz de inventar coisas incríveis que revolucionam nossas vidas. Ele só não é capaz de inventar coisas incríveis para evitar tragédias, proteger o meio ambiente e manter o equilíbrio da Terra. Enquanto vivemos deslumbrados com as maravilhas do mundo moderno, nos esquecemos de que tudo isso é destruído em segundos quando a natureza se revolta. Infelizmente, os japoneses estão sentindo esse poder de destruição na pele.
Um comentário:
O mal da espécie humana,é achar que merece ter bem mais do que tem...sem parar pra pensar que talvez ela tenha bem mais do que merece...
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