25/06/2012

Isso também passa

Tem dia que você está tão feliz que parece até que algo vai dar errado. Tem dia que você está tão triste que parece que o mundo vai acabar. Nessas horas o melhor a fazer é lembra que isso também passa, como diz o mestre Chico Xavier. Mas é bom lembrar sempre para evitar ilusões, infelicidade e, principalmente, frustrações.

Confesso que essa é uma lição diária que ainda preciso aprender, já que só lembro depois do golpe. Eu tento, mas não entendo boa parte dos seres humanos. Não entendo como as pessoas ferem as outras na cara dura e ainda têm a coragem de dizer que não tinham a intenção; como as pessoas mudam de ideia e tomam decisões precipitadas sem ao menos se dar ao trabalho de consultar a outra parte; como as pessoas se dão o direito de entrar na sua vida sem pedir licença e deixá-la sem avisar.
O ser humano tem ganhado cada vez mais inteligência burra, que não serve pra nada, e esquecido o básico da boa conduta, do caráter, da ética e da educação. Desempenha um papel perante a sociedade, cumprindo com todas suas obrigações, dignas de uma pessoa que é exemplo para os outros, mas por trás das câmeras é capaz de cometer as maiores crueldades e ainda se fazer de vítima.

O mundo está cheio de gente assim. E cada vez mais temos que estar preparados para enfrentar esse tipo de ser humano, aprendendo a identificá-lo antes que arme o bote. Infelizmente não é sempre que é possível se proteger, mas quando uma pessoa assim invadir a sua vida, lembre-se de que isso também passa. Levante a cabeça, engula o choro e siga sua vida com a certeza de que contra este mal você está vacinado.

17/06/2012

Só por hoje

Talvez eu devesse ouvir a razão e não me deixar levar. Talvez eu devesse escutar os outros e decidir pelo caminho mais comum. Talvez eu devesse esquecer o que aconteceu e seguir em frente. Talvez eu devesse ignorar os sentimentos. Talvez fosse mais sensato pular fora antes que o barco afunde. Mas como saber se ele realmente vai afundar? Como saber a diferença entre o certo e o errado, quando o que é errado me parece ser o certo? Como negar a felicidade? Como apagar uma história?
 
 
É tudo muito confuso e parece insano e inconsequente. Durante anos, foi tudo tão certinho, dentro da linha, que só por hoje quero que seja diferente. Só por hoje quero acreditar que vai dar certo. Só por hoje quero sonhar com um futuro perfeito. Só por hoje deixo o coração falar mais alto. Eu tenho esse direito, só por hoje. Amanhã é outro dia. E talvez as coisas mudem. Não porque eu mudei de opinião, mas porque tudo ao redor continua do mesmo jeito. Nada mudou. Mas eu sei, e só eu sei, o que realmente mudou e me fez acreditar só por hoje que tudo é possível.

12/06/2012

Hora certa

E aí que você começa a sair com um cara; sai uma, duas, três, dez vezes. Não importa a quantidade de vezes que você sai. O momento de obrigar o homem a tomar uma decisão varia de mulher para mulher. Mas uma hora você resolve encostar o cidadão na parede. “E aí, vamos assumir uma coisa mais séria ou não?” E é nesta hora que a casa cai, porque o bendito vira para você e diz: “Adorei te conhecer e sair com você. Você é isso, aquilo e aquilo outro. E bla-bla-blá, bla-bla-blá, mas... Não é a hora certa da gente se envolver”. E os motivos são os mais banais possíveis: término recente de um relacionamento, fase de pegar geral, falta de grana, falta de tempo, doença na família, morte do cachorro, estresse no trabalho. Não importa; a questão é que não é a hora certa. E você fica com cara de quem engoliu um cabo de guarda-chuva, não entende nada, sofre dois dias e, como toda mulher bem resolvida, levanta a cabeça e parte pra outra.

Esse negócio de hora certa é pura balela. Na verdade, é uma maneira um pouco mais educada de dar um fora em alguém, colocando a culpa no tempo. Não caiam nessa armadilha. Quase tudo nessa vida acontece simplesmente porque acontece, não tem hora certa. Não interessa se estamos preparados naquele momento. Tudo é uma questão de oportunidade. Cabe a nós a decisão de encarar ou não. Se o cara fica com você e gosta, não tem tempo certo. Ele pode ser o homem mais ocupado do mundo que vai arrumar um tempo para você, simplesmente porque ele quer estar ao seu lado. Ele pode ter acabado um relacionamento recentemente, mas se te conheceu e gostou, ele vai querer ficar com você, e não vai sequer pensar em olhar no relógio para saber se é a hora certa.

Minha amiga, não se iluda. Se o cara disser que não é o momento de vocês ficarem juntos, caia fora. Não se humilhe, não corra atrás. Parte para outra e seja feliz. Sabe o que vai acontecer? Depois de um tempo, ele vai acabar topando com a primeira pistoleira ou piriguete que encontrar pela frente, vai pedi-la em namoro e depois vai comer o pão que o diabo amassou na mão da fulana. E vai aceitar tudo com muito amor, sabe por quê? Porque era a hora certa de assumir um relacionamento. Querida, amor próprio é tudo nessa vida. Não se esqueça disso.

03/06/2012

Necessidades básicas

É difícil explicar porque temos a vida que muitos pediram a Deus e insistimos em reclamar dela. Sempre falta alguma coisa: um grande amor, um emprego novo, um salário melhor, uma casa mais espaçosa, uma viagem para a Europa, compras sem limites. Por um lado, o inconformismo nos leva a sonhar; e são os sonhos que nos movem e nos fazem lutar. Mas, por outro lado, é muito triste nos prendermos a coisas tão supérfluas enquanto uma grande parte dos brasileiros está lutando por água, uma coisa tão básica que passa totalmente despercebida aos nossos olhos e sentimentos.
Hoje, assisti a uma matéria no Globo Rural sobre a seca no sertão nordestino. Uma das cidades citadas na reportagem, na região de Irecê (BA), mostra o desespero da população para pegar o máximo de água possível quando o caminhão pipa chega à região. Água esta proveniente de um rio e que é distribuída suja e sem tratamento. A repórter acompanha o caso de uma menina de nove anos, que cuida de três irmãos, um deles um bebê de 10 meses. Ela sai de casa com um balde e as três crianças para buscar água. Volta com o balde na cabeça e o bebê no colo. E aquela água tem que ser suficiente para beber e cozinhar até que o caminhão volte a trazer mais alguns dias depois. Banho é luxo numa situação como aquela.
E esse é o nosso Brasil: um país cheio de contrastes. Enquanto muitos passam fome e sede no nordeste, alguns se divertem no sudeste gastando rios de dinheiro em besteiras, posando de poderosos em jatinhos e iates e esbanjando luxo e ostentação. Um Brasil de políticos corruptos que se esquecem do povo que carece de necessidades básicas para sobreviver enquanto enchem seus próprios bolsos com dinheiro dos impostos que nós trabalhamos para pagar. Segundo dados publicados na Veja da semana passada, somente na quarta-feira, 30 de maio, foi que nós brasileiros passamos a trabalhar para nós mesmos. Até então, desde janeiro, estamos trabalhando só para pagar imposto.

Um Brasil de gente como eu, como você que lê este texto, que temos uma vida sequer sonhada por aquele povo no nordeste, e vivemos reclamando em vez de agradecer. A matéria do Globo Rural fala do sonho das crianças que sofrem com a seca. E o sonho delas não tem nada a ver com o sonho de uma criança comum, que quer um brinquedo novo, um videogame, celular, computador ou um passeio incrível. O sonho dessas crianças é ter água encanada dentro de casa para não precisar mais carregar balde na cabeça.

E enquanto isso acontece no interior do Brasil, aqui estou na minha casa, sentada na minha cama, de pijama, às dez horas de um domingo típico de outono, com o computador no colo, escrevendo este texto, enquanto penso no que vou fazer hoje. Almoçar fora? Ir ao cinema? Ficar em casa assistindo filme? Fazer compras? Programar o passeio do feriado? São tantas coisas importantes para pensar e fazer durante o dia que até me esqueço de tomar água fresquinha e cristalina que vem do poço artesiano da chácara da minha família. Água esta que se estivesse disponível nesse momento àquele povo sofrido do nordeste seria mais motivo de alegria e festa do que qualquer programa que eu invente de fazer aqui em São Paulo.

26/05/2012

Paixão pela vida

Quando fico um tempo sem atualizar meu blog, sempre vem um amigo e pergunta o por que. Fico feliz em saber que meus leitores sentem faltam dos meus textos. Mas a resposta é muito simples: não tive vontade ou tempo de atualizar. Tenho uma amiga que diz que para se ter um blog é necessário ter uma frequência de atualização, tipo uma vez por semana, sempre às quartas-feiras. Desta forma, meus leitores sabem quando terão um texto novo em folha para lerem. Boa dica a dela, mas eu não sigo e não pretendo seguir.
Criei este blog porque sentia falta de escrever e, principalmente, de escrever sobre o que eu quisesse. Sou jornalista e, diferente de muitos que se formam em jornalismo, eu gosto de escrever. Nunca tive a pretensão de ser a próxima Fátima Bernardes nem de retratar tão bem a vida quanto Martha Medeiros. Confesso que escolhi jornalismo por falta de opção e por não querer parar de estudar. Fui muito incentivada pelo meu avô Manoel Mataveli a escolher essa profissão. E, no final, descobri que era isso mesmo que eu tinha que fazer. O jornalismo é uma das minhas paixões, assim como minha família, minhas amigas, o voleibol, o meu trabalho e o meu blog. E paixão pra mim é fazer aquilo que se gosta durante o tempo em que isso seja prazeroso. E é por isso que muitas vezes largo o blog de lado. Por que durante um tempo ele deixa de ser prazeroso, por falta de inspiração, vontade ou por qualquer outro motivo. E quando isso acontece, eu prefiro parar de escrever que fazer por obrigação.

E é mais ou menos assim que tudo acontece na minha vida. O trabalho, por exemplo, acredito que temos que amar aquilo que fazemos, já que passamos dez horas ou mais no local de trabalho, e ficamos mais tempo ao lado de pessoas “estranhas” do que de nossa própria família. E, hoje, o trabalho é uma das minhas paixões. O dia em que eu acordar de manhã e já não enxergar mais motivos para ir trabalhar, é porque a paixão acabou. E quando a paixão acaba não tem porque insistir. Melhor encerrar o ciclo e iniciar uma nova etapa.

E assim vou tentando me livrar de tudo o que me faz mal e focar naquilo que me dá prazer em fazer. Embora nem sempre isso seja possível, a paixão sempre vai ser meu critério para continuar ou não levando uma situação adiante, em qualquer sentido. Em alguns momentos, posso até me precipitar (já perdi boas oportunidades por não ter paciência de esperar), mas no geral, fazendo aquilo que gosto sempre e não me sentindo obrigada a empurrar com a barriga, é o que me torna uma pessoa mais feliz e menos pedante para os outros.

Uma das coisas que mais me incomodam é gente infeliz, amarga e pessimista. Gente que não sabe o que está fazendo no mundo e por isso atrapalha a vida dos outros. Dizem coisas absurdas a respeito da vida alheia quando na verdade está se referindo a si mesmo, mas não tem discernimento e Inteligência suficiente para assumir. Pessoas assim não sabem o que é ter paixão por alguma coisa e se deixar levar por ela, semeando boas energias. Pessoas assim talvez nunca se apaixonaram na vida por nada, nem ninguém. Suas únicas paixões são o espelho e o prazer de incomodar a vida alheia. Pessoas assim não suportam a felicidade dos outros, como se isso fosse uma afronta.

É por isso que prefiro fazer apenas aquilo que me traz prazer e deixar de lado o que me incomoda. Posso até me precipitar e perder o controle de vez em quando (afinal, não dá para sorrir 100% do tempo), mas nunca carregarei o peso de ser indesejável e insuportável o tempo todo. O tipo de pessoa que ninguém quer por perto e tratam bem por obrigação ou educação. O dia em que isso acontecer é porque perdi totalmente a paixão pela vida e me tornei inútil no mundo.

25/04/2012

Estrela solitária

Não é fácil estar sozinho. Mais difícil ainda é ter que assumir os sucessivos fracassos nas relações amorosas. Entra ano e sai ano e tudo continua do mesmo jeito. Promessas são feitas, cumpridas, quebradas, e nada acontece. Pessoas vêm e vão sem explicação. Mudam-se as regras, o jeito de agir, a ordem das coisas, o corte de cabelo, o estilo preferido, diminui-se a lista de exigências, e nada.

Começar de novo uma, duas, três, dez vezes é mais do que normal. É a única regra. Vai e tenta, errando ou não uma coisa é certa: tudo vai ter que ser recomeçado, mais cedo ou mais tarde. Mas talvez isso não seja o pior. Existe uma tragédia que pode ser ainda maior do que simplesmente assumir os fracassos e começar de novo: a piedade das pessoas. E para virar catástrofe basta tentarem ajudar, como se a pessoa não fosse capaz de conseguir sozinha. Aí vira uma mistura de constrangimento com piedade de si mesmo, assinando de vez o atestado de incapacidade sentimental e dependência alheia. E quando nem assim a coisa funciona é porque não tem mais jeito. A sentença foi dada. E insistir só faz prolongar o sofrimento.

Não deve ser tão ruim assim viver sozinho, mesmo contra a vontade. Se o universo conspira para que isso aconteça, não adianta lutar contra. A força do destino é muito maior do que qualquer tentativa de se aproximar dois corações. E se o destino quis assim, o melhor que se tem a fazer é mudar o rumo das conversas, pensamentos e vontades. Que assim seja!

18/04/2012

Sem naufrágios


Eu tinha 14 anos quando assisti pela primeira vez ao filme Titanic, no cinema. Lembro-me de ter enfrentado quatro horas de fila para conferir na telona a história de amor de Jack e Rose e a tragédia do naufrágio do navio mais imponente que o mundo já havia visto. Chorei do princípio ao fim do filme, e quando saí da sala de cinema chegava a soluçar.

Essa experiência foi em 1998, mas ainda guardo na memória a emoção de ver os músicos tocando incessantemente seus violinos enquanto todos tentavam salvar suas vidas, prestes a naufragarem com a carcaça do gigante de aço.

Depois disso, devo ter visto esse filme umas oito vezes. Todas elas em fitas VHS, duas por sinal, já que o filme era longo. Depois de assistir, enquanto enxugava as lágrimas, rebobinava as fitas para então devolver à locadora de vídeo.

Em 2012, o naufrágio do Titanic completou 100 anos, e o filme ganhou uma roupagem mais moderna. Agora é possível conferir toda a história em 3D. O final não é diferente, pois nem com os óculos que permitem enxergar em três dimensões, conseguiram avistar o iceberg a tempo. Porém a emoção e os impactos do filme nos espectadores devem ser ainda maiores em 3D. Além disso, é a grande oportunidade para que a meninada de hoje possa assistir no cinema ao filme que foi febre entre os, ou melhor, as adolescentes da minha época.

Em 2012, também completam 14 anos que eu assisti Titanic pela primeira vez. E quanta coisa mudou de lá pra cá! A começar pela tecnologia, que transforma em 3D o mesmo filme que era visto em VHS. A sala de cinema do shopping da minha cidade virou uma loja de departamento. E a pista de patinação no gelo, onde fiquei a maior parte das quatro horas esperando pelo horário do filme, já não existe mais há um bom tempo. Dez reais não dão mais para pagar o transporte, o cinema e uma casquinha de sorvete. Os amigos que me acompanharam ao cinema também não são mais os mesmos que me acompanham hoje em dia, assim como as roupas que eu costumo vestir já não são mais do mesmo estilo. Tudo mudou muito rápido, e muita coisa se tornou obsoleta. Mas a lembrança. Ah! A lembrança. Essa permanece intacta, como se tudo tivesse acontecido ontem.

O mundo pode evoluir, a tecnologia pode invadir nossas vidas, podemos nos adaptar a novos métodos e a novas máquinas, mas o que guardamos na memória, os detalhes dos velhos tempos, isso ninguém rouba de nós. Lembrar-nos de momentos passados é reviver cada sensação, não deixando que as lembranças naufraguem em nossas mentes.

Nestes 100 anos do naufrágio do Titanic, vamos comemorar as lembranças que não naufragam. São elas que nos mostram como os detalhes bobos de hoje são os que vão nos provocar um leve sorriso de nostalgia amanhã, nos fazendo pensar: “Bons tempos aqueles”.

17/04/2012

A arte de não fazer nada

Um designer brasileiro chamado Marcelo Bohrer criou o Clube do Nadismo, com o objetivo de reunir pessoas em praças e locais públicos para simplesmente não fazerem nada durante um determinado tempo. Que ideia incrível!

Todos nós precisamos de um tempo para não fazermos nada. E esse nada é nada mesmo. Esquece internet, TV, livro, música. O negócio é ficar parado pensando em... nada, simplesmente sentindo sua própria respiração e seu coração batendo. Impossível? Você não sabe o que está perdendo.

Adoro ficar sem fazer nada. Por isso, odeio assumir compromissos no meu tempo livre. Meu único compromisso formal é com o meu trabalho. Quando encerro o expediente, o que mais me agrada é saber que não tenho nada pra fazer. E por isso mesmo posso fazer o que eu quero. Posso ir no shopping ou passar no supermercado, ou então ir pra casa e assistir TV ou um filme, ou ficar de bobeira na internet, posso querer ler um livro ou ligar para uma amiga. Ou então, posso ficar sem fazer nada, deitada na cama, apenas descansando.

Gosto de gastar meu tempo livre com aquilo que realmente me faz bem e feliz. Agenda cheia de compromissos somente a do trabalho. Fora isso, estou livre de domingo a domingo para fazer o que bem entender. Mas pensando melhor, estou a fim de assumir um compromisso sim. Vou entrar para o Clube do Nadismo e oficializar esse meu gosto pelos momentos ociosos.

08/04/2012

Apenas respire

E aí que falam pra você que é necessário seguir em frente. A tempestade passou e um novo dia ensolarado se abriu pra você. Mas você não encontra o livro de receitas que te explique passo a passo como continuar vivendo. Não há nada parecido com “Superando e seguindo em frente”. Não é tão fácil assim virar a página. Como esquecer o turbilhão que invadiu sua vida? Para piorar, você não controla os seus pensamentos, e toda vez que se lembra a dor volta, como se tudo tivesse acontecendo de novo. O que dificulta ainda mais é que você não quer ter que continuar, e prefere ficar na cama, revivendo a dor, se acabando de chorar e tentando encontrar respostas que não existem.

“E se eu tivesse agido assim...”; “E se eu não tivesse dito aquelas palavras...”; “E se eu tivesse chegado a tempo...”. Sua vida é invadida por uma série de possibilidades que poderiam ter salvo você dessa sensação horrível que lhe apetece agora.

Continuar parece impossível. Livrar-se da dor e sorrir novamente é um martírio. Você não quer falar sobre o assunto, você não quer falar sobre nada. Prefere passar horas parado olhando para o nada, com os pensamentos longe de qualquer tentativa de compreensão alheia.

Você não quer a piedade das pessoas, você não quer os conselhos, muito menos as injeções de ânimo. E menos ainda, você não quer pessoas se intrometendo em sua vida, principalmente as que já não eram bem-vindas antes de tudo acontecer.

Tudo o que você precisa é de tempo. Tempo para você, para se recompor, para começar a tentar voltar a viver novamente, talvez do mesmo jeito, talvez completamente diferente. Mas por enquanto não, por enquanto você se dá o direito de não precisar sorrir, de não precisar se arrumar, de não precisar entrar em cena com o seu personagem mais conhecido pelo público.

A perda foi grande pra você e a sua dor precisa ser respeitada. E ninguém tem o direito de invadi-la e dizer quando ela tem que acabar, quando ela deve ser enxotada de dentro de você. E não deixe que tentem fazer isso. Esgotar todo o sofrimento é um direito seu. Não se preocupe com o tempo. Uma hora vai passar. Tem que passar. Enquanto isso, mantenha-se fechada para balanço pelo período que for necessário. Uma hora você vai entender porque precisa continuar vivendo, embora nesse momento o que você mais quer é parar de respirar. Mas não pare! Nesse momento, a única coisa que você precisa é continuar respirando, mais nada!

04/04/2012

A força do destino

Acabo de ler o livro “Um homem de sorte”, um dos mais recentes títulos do escritor americano Nicholas Sparks, que consegue a façanha de lançar um best-seller atrás do outro. O romance fala da força do destino. Um fuzileiro encontra uma foto de uma moça enquanto lutava no Iraque e, depois de uma tentativa frustrada de encontrar o dono, acaba ficando com a fotografia, que acabou se transformando em um verdadeiro amuleto da sorte para ele. Ao voltar para casa, nos Estados Unidos, por insistência de um amigo, acaba atravessando o país a pé para encontrar a moça da foto. A história toda gira em torno de Logan Thibault, o fuzileiro, e seu cachorro Zeus, Beth, a moça da foto, Clayton, o ex-marido da moça, e Ben, o filho deles.

Além da forma maravilhosa como Nicholas conta toda a história, sendo cada capítulo narrado na visão de um dos três personagens principais, com as peculiaridades de cada um, como jeito de agir, pensar e falar, o que mais chama a atenção nesse enredo é o tema: destino.

Será mesmo que esse negócio de destino existe? Tudo está realmente escrito? Eu sempre ouço e digo que o que tiver que ser será. E, assim, a gente acha que consegue se desprender do assunto e deixar que o tempo, a vida, Deus ou o destino se encarreguem de colocar as coisas nos eixos. Em certos momentos é difícil acreditar que isso possa acontecer, mas se pararmos para pensar, quantas situações em nossas vidas aconteceram porque tinham que acontecer? Se analisarmos o desenrolar de cada caso, quantas vezes chegamos à conclusão de que se isso ou aquilo tivesse acontecido, ou se tivéssemos agido assim, ou chegado mais cedo, ou então não comparecido, poderia ter sido tudo diferente? E o que fez com que tudo fosse da forma que foi?

Cada um tem o direito de acreditar no que quiser. Se foi Deus, o destino, a sorte, uma simples coincidência ou uma escolha, não interessa. O que realmente importa é que temos que acreditar em algo e que temos que perseguir nossos sonhos e ouvir nosso coração e a nossa intuição. Para quem sabe o que busca não há pedra no caminho que o impeça de seguir em frente. E para quem não sabe exatamente o que quer ou procura, mas sente que tem que continuar, como é o caso de Thibault, então o faça. Lutar não significa vencer. Lutar significa que você está vivo e que está em busca de algo melhor. Pode até perder, mas não desiste. Thibault encontrou a moça da foto que guardara por cinco anos. Mas e agora?

31/03/2012

Perto dos 30

E aí que você vai percebendo que a idade vai chegando, ou melhor, que as fases vão passando. Perto dos 30 eu já não me preocupo mais se não terei nada o que fazer num sábado à noite. Aprendi a ficar em casa, de boa, lendo um bom livro, assistindo filme, ouvindo música, fuçando na internet, escrevendo para o meu blog – como agora - ou mesmo indo dormir mais cedo.

Balada é uma palavra que parece já não existir no meu dicionário. E quando, com muito custo, sou convencida a encarar uma noite em claro, me sinto deslocada e logo tenho vontade de ir embora. A fase da pilha carregada e necessidade de aproveitar até o último segundo já passou. Hoje, prefiro ter uma boa noite de sono e aproveitar o dia, com passeios bem mais light. E a família agradece, já que sempre incluo pai, mãe, tia, primos nessas “aventuras”.

Nesta fase, percebo também que quero mais sossego. Dou mais valor a coisas simples e procuro não me estressar com o que não vale a pena. O bom de já ter vivido quase três décadas, é que fui adquirindo experiência e jogo de cintura para lidar com certas coisas. E isso é resultado dos vários tombos que já levei na vida. Se bem que ainda preciso aprender a não me irritar com gente incompetente, mesquinha e ignorante. Essas me tiram do sério. Quem sabe quando estiver perto dos 40 já tenha superado essa intolerância, que beira à alergia.

Outra característica dessa fase, pelo menos no meu caso, é querer formar uma família igual de comercial de margarina. Todos felizes, sentados à mesa tomando um belo café da manhã e tagarelando tudo e mais um pouco. Bem, mas esta parte ainda precisa ser melhor desenvolvida e não depende só de mim. Enquanto isso, vou me afirmando profissionalmente, e aquilo que era meta na época do Ensino Médio ou início da faculdade, perto dos 30, já posso dizer que virou realidade.

Perto dos 30 cresce a preocupação com a saúde – os níveis de triglicérides, colesterol, glicemia, ácido úrico etc começam a oscilar – e com a pele. Quando viajo ou durmo fora a mala vai mais cheia de produtos para o rosto do que de roupa. E dá-lhe creme antiidade e rugas. E se tem uma coisa que me traz felicidade plena é que nenhum cabelo branco deu sinal de vida ainda. Entro em pânico só de pensar no belo dia em que avistarei os fiozinhos brancos surgindo na cabeleira preta e natural, menos as pontas, confesso.

Mas o mais importante de tudo na minha fase perto dos 30 é que estou aprendendo a ignorar a opinião inoportuna das pessoas, principalmente daquelas que não fazem diferença na minha vida. Estou vivendo a la Jair Rodrigues: “deixa que digam, que pensem, que falem”. Aprendi que não sou e nem sou obrigada a ser modelo de nada. Ufa, que peso que a gente tira das costas nesta fase.

E é bom tirar peso das costas mesmo, porque nesta etapa da vida têm outras coisas que começam a pesar. Já não tenho mais pique, nem condições físicas para aguentar certas maratonas, como um passeio na 25 de março nas vésperas do Natal ou quatro dias em um acampamento na praia.

E viva a independência financeira, sentimental, pessoal e social da mulher perto dos 30 anos. Essa é, sem dúvida, a melhor parte do jogo.

18/03/2012

O depois...

E a vida se encarrega de colocar alguém em sua vida. Tudo começa de maneira tão tímida, mas de repente aqueles momentos juntos poderiam ficar congelados no tempo. E as palavras e carinhos trocados parecem que vão durar para sempre. Nossa, que perfeitos que vocês são juntos. Há entendimento, há sentimento, há gargalhadas, há coisas em comum. E aquela pessoa que você mal conhece passa a ocupar um espaço gigantesco em sua vida.

Mas aí vem o depois, o vilão de todas as histórias de amor que ainda não começaram, ou só começaram para uma das partes: você. E tudo o que parecia eterno dá lugar à ausência. Ausência de ligação, de mensagens, ausência da presença física. O que para você era o começo de uma história, para ele era apenas diversão. Uma brincadeira que você participou sem saber as regras do jogo.

E histórias assim vão se acumulando. Você até sabe que não deve se apegar, que não deve criar expectativas, nem planejar formar uma família com a pessoa. Mas você não aprende. Basta um novo olhar e você volta a se envolver novamente.

O problema não é se envolver, o problema é o que vem depois. Ou melhor, o que não vem depois. O não desenrolar da história, o fim sem explicação, sem causa, nem circunstâncias. Sem briga, sem discussões, sem nada além de um simples desaparecimento por causa do trabalho, sempre o trabalho.

Em alguns casos você até tenta um contato, mas sem sucesso. Nesta hora, não há muito o que se fazer. Deixe de tentar entender o que já está implícito, enxugue as lágrimas, arrume espaço dentro do seu coração, aliás delete algumas pessoas de dentro dele, e vá à luta novamente, mesmo farta, mesmo sem estrutura para suportar o depois.

Vai que numa certa hora você se depara com um depois diferente, um depois com o qual você sonhou a vida inteira? Melhor estar preparada, já que a oportunidade pode não bater novamente em sua porta.

Mas quer um conselho que nem mesmo eu consigo seguir? Se quer um depois diferente, comece por fazer um antes diferente também. Minha amiga, o dia que conseguirmos isso, viraremos o jogo e o depois passará a ser comandado por nós. E a brincadeira será do nosso jeito.

15/03/2012

De cabeça pra baixo

Por mais na linha que a gente ande, por mais saudável que seja nossa alimentação, por mais educados, gentis, cristãos, bons pagadores, bons filhos, maridos e esposas que possamos ser chega uma hora em que nossa vida vira de cabeça pra baixo. Qualquer coisa pode desencadear isso, e o resto vem de bandeja. Uma decepção amorosa, um problema familiar ou financeiro, uma doença, uma perda... E tudo começa a dar errado.

Se você já passou por isso, há de concordar comigo que felizmente situações assim duram uma fase. A má notícia é que essa fase não tem data para voltar.

Atualmente, estou passando por uma nuvem negra: falecimento na família, estresse no trabalho, menos de um mês para o casamento do meu irmão, contas que surgem do nada e que tenho que pagar - como viagem às pressas, multa, consulta médica e revisão do carro acima do previsto - questões sentimentais, valores feridos, pessoas que vêm e vão e, é claro, com toda essa pressão, isso tinha que acontecer, problemas de saúde. O que eu tenho? Tudo ao mesmo tempo: dor de cabeça, tontura, visão turva, dores no estômago, triglicérides e por aí vai.

E tudo que parecia tão certo, dentro da rota, de repente vira de cabeça pra baixo. E a gente perde as estribeiras e ofende as pessoas, grita com todo mundo, perde a paciência, a vontade de tudo, tanto-fez-como-tanto-faz. Dorme mais cedo, acorda no meio da noite, passa o dia cansado e não se lembra do que fez ontem e nem do que comeu no almoço.

O único remédio que existe para fazer essa fase passar é a fé. Acreditar que tudo vai acabar bem e que no futuro será possível entender porque tudo isso está acontecendo é o que me motiva a levantar da cama todos os dias, erguer a cabeça e seguir em frente.

Daqui a pouco a tempestade passa, mas enquanto isso não acontece o melhor que tenho a fazer, além de ter fé, é ficar quietinha no meu canto, pois da minha boca, nessas fases, costumam sair coisas que eu jamais imaginei que poderia falar pra alguém.

Estou numa fase TPM (Tente Perturbar Menos). Fica a dica!

12/03/2012

Cansada


Estou cansada de virar a página. Estou cansada de esquecer tudo e seguir em frente. Estou cansada de fingir não ver, não ouvir, não sentir, de fingir que nada aconteceu. Estou cansada de ter que sorrir quando minha alma está chorando. Cansada de ter que dizer o que eu não quero e aceitar calada.

Quando tudo parece que vai se encaixar, quando finalmente tenho a sensação de que as coisas vão dar certo, que meu castelo de areia está ficando pronto, vem uma onda e derruba tudo. Começar de novo faz parte da vida, mas chega uma hora que você cansa de ficar tentando reconstruir o castelo, já que sabe que, a qualquer momento, a onda vai bater e acabar com tudo.

A essa altura da vida, apesar de jovem ainda, já reconstruí o mesmo castelo várias vezes e não sei se tenho mais pique para começar de novo. Cansei de tudo. Cansei de conselhos que não me levam a nada. Cansei de agir certo; cansei de fazer tudo errado. Cansei de seguir a receita; cansei de tentar por conta própria.

Existem palavras que não precisam ser ditas e outras que são necessárias. Existem situações que temos que enfrentar e outras em que é melhor recuar. Existem coisas que é melhor perder e outras que temos que zelar. Existem pessoas que não deveriam ter entrado em nossas vidas. Existem outras que não deveriam sair. Mas de que adianta saber de tudo isso se eu não sei a diferença entre o certo e o errado?

E o show tem que continuar. Então, vamos continuar enganando e sendo enganados por tudo e por todos. Vamos continuar fingindo que tudo é normal e faz parte da vida. Vamos continuar juntando os cacos e seguindo do jeito que dá, aos trancos e barrancos, antes que a banda passe e nos atropele. Vamos continuar sendo felizes do nosso jeito, mesmo que essa felicidade seja apenas de aparências. Afinal, o que vale de verdade nessa vida é a opinião dos outros ao nosso respeito.

25/02/2012

Quarteto Fantástico


“E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!” - Vinícius de Moraes.

São exatamente quinze para as sete da noite de um dia de sábado. Parece que vai chover, é o que vejo através da janela do quarto de Adriana Lucena. Enquanto Juliana Zampa pratica seus dotes de manicure fazendo o meu pé e eu escrevo este texto, Adriana e Michele Michelon estão deitadas, cada uma lendo um livro. Livro é uma coisa rara de se ver na mão da Michele, mas a convivência acaba influenciando.
De repente, Adriana para de ler, abaixa o livro e diz: “Estupefato! Esta é uma palavra boa.” Pronto, já temos mais uma palavra nova em nosso vocabulário, graças a nossa querida professora.

Ontem foi aniversário da Ju e óbvio que todas estavam juntas comemorando. Detalhe: a Ju comprou um bolo de limão só porque eu não como chocolate. E foi assim também no aniversário da Dri no começo do mês. O bolo era de chocolate, mas não faltou um pedaço de bolo de coco para que eu pudesse comer também. Já a Michele costuma nos brindar com suas mensagens super inteligentes e simpáticas. Fora os recadinhos no meio da noite que nos irritam, não pelo horário, mas pelo conteúdo.

E lá se vão mais de cinco anos de amizade, cheia de mistérios e surpresas sim, mas sempre colorida e feliz.

Parece até casamento. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. Lá estão as quatro, sempre unidas, sempre ajudando umas as outras.
São os amores que não deram certo, os problemas na família e no trabalho, os dias de tristeza. São as viagens nas férias e feriados, os barzinhos, o cinema, os almoços no Brunholi, o fazer nada na casa Dri. É o ir ou o fazer só por que é importante para a outra, o que acaba sendo engraçadíssimo.

É tanto carinho e ternura (e grosseria) engendrados nessa amizade que tem hora que me sinto envolta em lágrimas lembrando os momentos que vivemos juntas. Por isso, amigas, precisando puxem!

Obs: alguns trechos deste texto parecem estranhos, com palavras diferentes e frases sem sentido. Fiquem tranquilos, as personagens da história sabem do que estou falando.

23/02/2012

Inexplicável

Existem coisas na vida da gente que não têm explicação. Aliás, se a gente parar para pensar, a nossa vida toda é inexplicável. Quando menos se espera as coisas acontecem, mudam de rumo, sacodem a gente. Uma ligação não esperada, um chamado no MSN, um e-mail que toca o coração... Um beijo que parecia inocente vira uma grande paixão. E um grande amor que parecia eterno vira um casinho qualquer do passado. Tudo inesperado, tudo inexplicável.

A incerteza do amanhã não é ruim. Afinal, toda vida previsível é tediosa. Viver novas experiências a cada dia é mais excitante e torna a vida mais atraente. Mas cansa, uma hora cansa. E quando essa hora chega o que a gente mais quer é uma certa rotina, um certo sossego. É ter um relacionamento estável, saber que alguém vai ligar todos os dias só para saber como você está. É ter alguém para lhe ouvir e lhe dar colo em dias extremos, lhe dar amor e carinho em dias de tristeza e horas de loucuras em dias de excitação.

Tudo o que se quer é ter uma casa pra chamar de sua e dormir no sofá; esquecer de tomar banho ou tomar três banhos no dia; não comer nada ou trocar o jantar por um balde de pipoca; assistir o que quiser na TV e ficar de pijama o dia todo.
E uma hora a gente percebe que está no caminho certo, que os dias de calmaria virão, que finalmente não vamos precisar sair à força só para não dizer que ficamos em casa no sábado à noite assistindo Zorra Total na TV. Então, percebemos que nossa vida está prestes a mudar de fase. E isso, não é regra, mas geralmente acontece perto dos 30 anos.

Mas aí vem um furacão e nos coloca em nosso devido lugar. A vida diz não pra gente. E um motivo banal ou não, mas inexplicável, faz com que voltemos à estaca zero. E caímos, mas somos obrigados a levantar rapidamente antes que venha outra avalanche e nos afunde de vez.

Não gosto do inexplicável, do inesperado, da surpresa. Prefiro a estabilidade e as conquistas que chegam naturalmente. Mas nem sempre elas chegam. Muitas acabam se perdendo pelo caminho ou terminam antes mesmo que possam começar. E essa é a parte que mais dói no inexplicável.

11/02/2012

A vida da gente

É incrível como o mundo dá voltas e a vida da gente muda. Tão certo quanto dizer que todos nós vamos morrer um dia é afirmar que nada dura para sempre. Nem sofrimento, nem felicidade. Nem a dor, nem as gargalhadas. Por isso temos que estar preparados para os revezes da vida. Mas nunca estamos, do mesmo jeito que nunca estaremos prontos para encarar a morte.

Quando somos crianças tudo é fácil. Os problemas se resumem aos deveres da escola. Na adolescência, nos tornamos seres humanos problemáticos, com a chegada de responsabilidades maiores e do amor. Aí, de repente, somos jogados na vida adulta. E como torcemos para completar 18 anos e ser independentes! Mas não somos informados ou não entendemos direito que essa independência custa caro. Os problemas são maiores e mais complicados de se resolver, as dívidas aparecem, as necessidades também. O que antes vinha de mão beijada de nossos pais, agora temos que ralar para conseguir.

E nesta nova fase vence quem está mais preparado. E quem não está precisa se virar para conseguir sobreviver. E, assim como na infância e na adolescência, a fase adulta também é uma fase de mudanças. Porém, a partir de agora começa a se tornar cada vez mais difícil conseguir mudar. Já temos bagagem de vida e já aprendemos muitas lições. As que não aprendemos ainda, nem sempre estamos dispostos a aprender.
Se todo mundo aceitasse que nada dura para sempre, por isso tudo muda, seria mais fácil viver e conviver com as pessoas. Por que não mudar? Por que não fazer diferente? Esse negócio de que “eu sou assim e não mudo” não existe. O mundo muda, e as pessoas também mudam. Essa é a vida da gente.

Admitir erros, fazer diferente, mudar o jeito de pensar e de agir fazem o nosso mundinho fluir melhor. É muito chato viver sempre do mesmo jeito e atingir os mesmos resultados. Que tal fazer diferente? É claro que pode dar errado, mas você só saberá se fizer. Vai que dê certo. Sua vida com certeza valerá mais a pena de ser vivida.

Recomeço


Criei esse blog no ano passado por dois motivos: escrever sobre o que eu quisesse e extravasar alguns sentimentos e sensações. Durante um tempo, cheguei a escrever um texto por dia, e quando não postava, era cobrada por leitores assíduos.

Mas aos poucos minha vida foi tomando outros rumos e eu acabei deixando minha paixão de lado. Cheguei a retomar uma vez, mas larguei de novo. Meu último post foi em novembro de 2011.

Hoje, resolvi retomar mais uma vez. Não sei quanto tempo vai durar. Pode ser que eu pare de novo em breve. Prometo fazer durar enquanto eu tiver inspiração. E a minha vontade é não perder a inspiração. Aliás, nunca deveríamos perder a inspiração em nossas vidas, pois ela é o motor que nos faz seguir em frente. É a inspiração que nos permite ousar, arriscar e nos meter em aventuras.

Então, não vou prometer que vou escrever sempre. Prefiro prometer não deixar a inspiração acabar.

Bem-vindos novamente ao meu blog, queridos amigos leitores.