Chega uma hora em que a bagunça é tanta que você não encontra mais nada, não entende mais a vida e perde tempo procurando aquilo que antes estava sempre à mão. Você não se reconhece mais. Seus amigos e familiares não te reconhecem mais. E você se isola, mesmo sem querer. Tudo está tão confuso que você se sente em outro mundo. É como se você não fosse você. E você não sabe dizer em que momento sua vida saiu do rumo. Em que curva da estrada você se perdeu. Você chega ao fundo do poço, e passa a viver em vão, esperando que alguém faça alguma coisa para te salvar da beira do abismo.
Todos nós passamos por momentos assim. Começa com um desentendimento com a pessoa amada, com uma briga com a melhor amiga, com a perda do emprego, com a morte de uma pessoa querida, com uma decepção amorosa. E, de repente, tudo passa a dar errado de uma só vez e sua vida se transforma num inferno.
Você começa a tratar todo mundo mal e a falar mal de todo mundo. Só procura pelas pessoas para reclamar e lamentar seus problemas. E as pessoas começam a se afastar de você. Nem você se suporta. É o limite. É a hora da faxina.
É o momento de reconhecer seus erros, repensar seus atos, reavaliar sua postura, rever conceitos, retomar o caminho. É hora de mudar. Mudar para evoluir; mudar para continuar vivo. É hora de se redescobrir, de se valorizar, de se amar.
Nada acontece por acaso em nossas vidas, e nós somos os únicos responsáveis por tudo aquilo que nos acomete. Não coloque a culpa no outro; não espere que o outro resolva o seu problema. As pessoas nos dão aquilo que elas podem nos dar e não o que queremos que elas nos deem.
Seja dono de sua própria vida e recomece. O recomeço traz a oportunidade do novo. Nenhuma mudança se dá repentinamente. Mas em doses homeopáticas a mudança pode trazer a cura para uma doença antiga e, aparentemente, incurável. A cura para as manias e costumes que nos levam aos tropeços e às quedas constantes.
Cair é necessário para continuar crescendo. Mas levantar-se é fundamental para continuar vivendo.
Faxine-se de vez em quando. Lave a alma. Renove-se. Transforme-se em alguém melhor para você!
3 comentários:
As vezes ficamos tão presos a rotina, que nos tornamos mecânicos. Quando acontece algo em nossas vidas, como um "chacoalhão", nós achamos que tudo e está dando errado, desmoronando, e infelizmente não conseguimos lidar com isso.
Às vezes esses chacoalhões e terremotos são para acordarmos e mudarmos.
Uma vez, uma amiga me disse que o crescimento dói. E hoje estou vendo isso. A mudança serve para nós crescermos e de alguma forma e isso dói. Dói para nos desenvolvermos, dói quando perdemos um namorado que futuramente não ia nos fazer feliz, dói quando perdemos um emprego que nos faz mal ou dói quando perdemos um amigo.
Cada aprendizagem ou mudança serve para nós evoluirmos de alguma forma, então se algo nos acomete hoje, isso servirá de lição e mais cedo ou mais tarde algo bom virá por aí. Acredite.
Lindo texto Fabi.
Beijos
QUE TEXTO LINDO E PROFUNDO...
DOLOROSO EM SABER QUE SOMOS ASSIM...INCAPAZES DE NOS AUTO FAXINAR...VAMOS FAZENDO ACUMULO DE COISAS NA VIDA E NA ALMA.SERIA TÃO BOM SE PUDÉSSEMOS SENTIR SOMENTE O HOJE NÉ ???
A VIDA SERIA ENFIM...BELA...SEMPRE
BEIJOS,
SIL GALANI
Pra mim o recomeço sempre tem a ver com encerrar ciclos. Porque no fundo, somos feitas de ciclos. Não aquele relativo ao nosso aniversário, mas àqueles que dizem respeito ao nosso mundo interior. O livrar-se do que já não serve mais é a tarefa mais pesada dessa faxina.
Quem é que não guarda uma lembrança do primeiro amor, ou do último namorado? Eu guardo, e é exatamente esse cantinho que eu nunca quero faxinar...
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