O medo toma conta da vida de muitos de nós. E não é só o medo de uma doença, de assalto, da morte. Temos medo de falar, de agir, de demonstrar. Medo de sermos alvo de chacota, de nos humilhar, de nos arriscar, de perder, de fracassar.
Uma dose de medo é saudável, pois nos faz pensar um pouco mais antes de agir e chega a nos impedir de cometer erros graves. O problema é quando esse sentimento toma conta de nossas vidas e nos torna covardes, fazendo com que esqueçamos os nossos objetivos.
A felicidade não vem de graça. Temos que buscá-la, temos que agir, temos que fazer acontecer. Mas na hora H, o medo não nos deixa seguir e somos derrotados mais uma vez.
Reclamamos do nosso emprego, mas na hora de mudar, temos medo de que o próximo trabalho seja pior do que o atual. E isso faz com que amarguemos anos e anos de insatisfação profissional.
Amamos escondidos porque temos medo de falar, demonstrar o sentimento, de arriscar e de sermos rejeitados. A pessoa vai embora, a gente sofre e temos medo de amar novamente.
Não nos envolvemos com as pessoas por medo de sermos traídos, passados para trás, o que nos impede de conquistarmos amigos verdadeiros.
Não conseguimos expor nossas ideias, pensamentos, falar a verdade porque temos medo do que vão pensar de nós.
E por aí vai, são inúmeras as situações que evitamos por medo das consequências.
E a que tudo isso nos leva? A nada. Ou melhor, nos leva à frustração, à decepção, à tristeza, à insatisfação. Isso porque, sem querer, sem perceber, estamos evitando justamente aquilo que mais queremos, que mais buscamos: a nossa própria felicidade.
Fugir da vida, fugir das pessoas, fugir do mundo parece mais fácil do que encarar a realidade, a verdade. Mas se o que buscamos é a felicidade, agir desta forma só dificulta o caminho. Então por que agimos assim? Porque nós aprendemos que, muitas vezes, a covardia é melhor do que o fracasso. E o que tem acontecido é que sofremos por medo de sofrer.
Temos que aceitar que as coisas nem sempre são como gostaríamos que elas fossem. O sofrimento é essencial para a nossa vida. O erro e o fracasso nos ensinam e nos fortalecem. Não somos bonequinhos de cristal, frágeis e intocáveis. Somos seres humanos que erram, fracassam, sofrem, mas que também levantam a cabeça, seguem em frente, aprendem e lutam para alcançar seus objetivos. E quando encaramos a vida de frente, não tem "lobo mau" que nos assuste ou afugente.
3 comentários:
Como sempre, excelente texto.
Eu acrescentaria na lista dos medos citados no primeiro parágrafo o medo de SERMOS NÓS MESMOS. Este medo se chama ANULAÇÃO. Tenho aprendido que por querer ouvir demais as pessoas, as vezes esse medo de sermos nós mesmos nos pega, e qual o resultado? Vc deixa de ser quem fazia bem para si próprio.
É bom ouvir conselhos,isso é sinal de que as pessoas se importam contigo, porém, é necessário o discernimento suficiente para filtrar o que devemos ou não acatar.
Enfim, show de bola!!!
Bjosss
Fabi,
Parabéns pelo texto mais uma vez.
Na minha opinião, o maior problema de sentir medo é a insegurança. Eu, particularmente, sofro muito com isso. E não acho que seja por covardia, mas sim por que penso muito antes de agir. Reflito comigo mesma e sempre me coloco no lugar do outro antes de falar. Tento ser estrategista para tentar relevar muito coisa. Eu estou aprendendo a ter paciência. mas nem sempre é fácil conseguir disfraçar. Você sabe disso.
Enfim, é mais ou menos isso que eu penso sobre o medo.
Beijos
Lembrei de uma frase do Toquinho que diz assim: "a vida segue sempre em frente, o que se há de fazer".
Errando ou acertando, superando os medos ou ficando paralisados nele, a vida vai continuar seu ciclo...
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